Faz hoje um ano que conclui o meu Mestrado e a minha vida de estudante. Faz hoje um ano que criei expectativas e me atrevi a sonhar um pouco mais. Contudo, à medida que o tempo passou, esses sonhos e expectativas em relação ao meu futuro deixaram de ser rosas e tornaram-se em espinhos. Sabia que ia ser difícil encontrar logo um trabalho. Por isso, dei tempo ao tempo. No entanto, ao fim de doze meses sem respostas, sem entrevistas, sem nada uma pessoa começa a duvidar de si e das suas capacidades. O sorriso começa a aparecer menos vezes e a desmotivação consegue triunfar. Hoje questiono o porquê de ter estudado tanto, ao fim e ao cabo agora tenho qualificações a mais para a maioria dos trabalhos a que me candidato. Falta-me experiência, mas ninguém me dá uma oportunidade para a conseguir obter. Sinto-me derrotada pelos meus próprios sonhos. Com este ano quase a terminar não tenho perspetivas de grandes mudanças neste último mês. O otimismo tirou férias, mas a esperança ainda persiste. Não há dúvidas que os meus objetivos de 2017 não se concretizaram de todo, vamos lá ver o que 2018 vai trazer com ele.
Existem fases na nossa vida que nos fazem repensar tudo e ansiar pela mudança. Desde sempre adorei a escrita, não só porque me permite libertar a mente, como também faz com que dê asas à minha imaginação. Comecei ainda na adolescência a escrever pequenas histórias, que mais tarde ganharam o nome de fanfics. Contudo, não descurava em escrever o meu dia-a-dia, os meus pensamentos ou até os meus pontos de vista num pequeno caderninho que fazia de tudo para que ninguém soubesse dele. Quando cheguei ao mundo dos blogs deixei de lado esse caderninho e passei a depositar neste pequeno mundo virtual as minhas palavras, a minha voz. Com o passar dos anos, deixei de me identificar com o meu primeiro blog. Depositei nele muitas frustrações de uma adolescente, assim como os meus primeiros passos no mundo universitário. No entanto, ao fim de algum tempo deixei de lado esta minha segunda pele. A da escrita. Talvez porque pensei que não valia a pena. Talvez porque achasse que a minha vida era tão aborrecida que não tinha nada para partilhar. Sou honesta desisti e, muitas vezes, ficava a olhar para a página em branco sem saber o que partilhar convosco. Ainda assim, nos últimos meses e quase um ano após encerrar o meu primeiro blog senti a necessidade de voltar a escrever. A necessidade de partilhar a minha voz. Deste modo decidi começar de novo. Quero recomeçar convosco e partilhar as minhas experiências e opiniões, os meus dilemas e pensamentos, quem sabe até aqueles textos que, por vezes, me surgem na cabeça. Espero que visitem este meu cantinho e me acompanhem nesta nova etapa.